sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Decadência: Brasil cai quatro posições e agora é a 22ª maior potência militar do mundo


Em 2013, o País ocupava a 18ª colocação na lista de países com as forças armadas mais poderosas do mundo. Estados Unidos, Rússia e China lideram a classificação

Frederico Vitor
O Brasil caiu da 18ª posição para a 22ª no ranking das maiores potências militares mundiais, segundo o site especializado em Geopolítica e militaria, Global Firepower. A lista é liderada pelos Estados Unidos, seguidos por Rússia, China, Índia e Reino Unido. Apesar de ter caído na classificação, o Brasil é o País da América Latina em melhor posição na lista, seguido por México na 31ª e Chile na 43ª.
O Brasil, apesar de ser a 8ª economia mundial e ter 202 milhões de habitantes está atrás no ranking de países com menor população ou território, como Egito, Polônia, Austrália, Canadá, Vietnam, Paquistão, Tailândia, Turquia, Indonésia, Coreia do Sul e Taiwan.
A lista que classifica as potências militares do mundo faz uso de mais de 50 fatores para determinar o índice de poder de cada nação. Ou seja, isso permite que países menores, mas tecnologicamente mais avançados, tenham como competir com países maiores, mas menos desenvolvidos.
Alguns pontos importantes foram levados em consideração para a organização do ranking: as capacidades nucleares não são levadas em conta, mas fatores geopolíticos influenciam o posicionamento de cada país na classificação. A dependência de recursos naturais e a saúde econômica atual para cada país é levada em conta. Na dianteira, desde o colapso da União Soviética, os Estados Unidos lideram o ranking com folga e, seu orçamento de defesa, equivale a soma de todos os demais orçamentos para área do mundo.

BRICS
O Ranking do Global Firepower apontou que do bloco de países emergentes denominados BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brasil está numa posição bem inferior à Rússia, China e Índia, 2ª, 3ª e 4ª colocadas respectivamente no ranking das potências militares. Contudo, tanto Rússia e China fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, além de deterem vastos arsenais nucleares. Ambas as nações estão envolvidas em questões de disputa territoriais com outros países e investem pesadamente em seus respectivos complexos industriais militares, sendo grandes exportadores de armas.
A Índia, além de ser uma potência militar, na frente de Reino Unido e França, tem armas nucleares em seu arsenal, porém não faz parte do Conselho de Segurança da ONU. Contudo, o país asiático foi o que mais importou armas de todos os tipos nos últimos três anos.

Brasil
A queda do Brasil neste ranking, ou seja, de 18ª para 22ª, se deve a crise econômica e aos baixos investimentos feitos pelo governo em Defesa nos últimos anos. Segundo o Global Firepower, o país tem 327 mil militares na ativa mais 3,4 milhões na reserva. Porém, o número expressivo de tropas é contrastante com seus equipamentos, que na maioria são defasados e de número reduzido.
Dos 92 aviões de combate a jato, por exemplo, apenas 43 são supersônicos (podem voar em velocidades superior ao do som). Os caças F-5 M de fabricação americana, da década de 70, com cerca de 40 anos de serviço ativo da Força Aérea Brasileira (FAB), apesar de terem passado por modernização pela Embraer (ganhando novo radar, sensores e habilitados a combater alvos aéreos além do alcance visual [BVR]) estão longe de fazer frente a outros jatos de combate em uso por forças aéreas da região, como os F-16 chilenos e SU-30 da Venezuela.
Enquanto isso, a FAB espera receber em quatro anos 36 caças Gripen NG, de fabricação sueca, que vão recolocar a força a um nível mais alto de tecnologia e letalidade de seus vetores. Os caças escandinavos venceram uma concorrência contra o americano F-18 Super Hornet e o francês Dassault Rafale, e vai custar cerca de R$ 9 bilhões aos cofres da União. Porém, o moderno jato virá com um pacote de transferência de tecnologia, algo muito almejados pelos brigadeiros.
Na aviação de transporte continua emperrado — em função do contingenciamento de recursos — o desenvolvimento do cargueiro KC-390, um avião projetado pela Embraer em parceria com a FAB que deve substituir os C-130 Hércules, tornando a ponta da lança da aviação de transporte e de reabastecimento em voo da FAB.

Navios Velhos
A Marinha tem apenas um porta-aviões, o Nae A12 São Paulo (comprado de segundo mão da França no ano 2000, ex FS Foch) que não entra em operação há cinco anos em razão de problemas em seu sistema de caldeira. A frota é antiga e alguns navios com mais de 30 anos estão dando baixa do serviço ativo por terem atingidos alto grau de obsolescência. Embora a Marinha trabalhe em um grande projeto de construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear em solo brasileiro (com tecnologia francesa), da frota atual de cinco submergíveis, apenas dois estão em condições de operar no vasto mar territorial brasileiro.
Apesar da condição precária da armada brasileira, os almirantes brasileiros compraram recentemente um navio de assalto anfíbio de segunda mão da França. O Siroco, que no Brasil será comissionado como G 40 Bahia, é capaz de alojar 450 tropas (fuzileiros) e seus equipamentos, operar quatro ou mais helicópteros médios, transportar cerca de 100 veículos militares, incluindo blindados, e lançar através da sua popa alagável, embarcações de desembarque de vários modelos e capacidades, incluindo o CLANF, blindado de esteiras anfíbio operado pelo Corpo de Fuzileiros Navais.

Fuzis antiquados
Já o Exército ainda não conseguiu efetivar a troca total de seus fuzis de assalto FN FAL (7,62mm) que, desde a década de 1960, está em uso massivo nos quarteis. A Imbel, uma empresa de fabricação de armamentos do Exército já desenvolveu o substituto do FAL, trata-se do IA2 (7,62mm e 5,56 mm). Mas, por enquanto, apenas as unidades operacionais estão utilizando o novo artefato.
No mais, a Força Terrestres enfrenta dificuldades de alocação de verbas para concluir o projeto de uma nova família de blindados sobre rodas (6×6) de transporte de tropa ( VBTP-MR Guarani) e do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
O primeira, trata-se do desenvolvimento e aquisição pelo Exército de uma família de blindados que vai incorporar as mais avançadas tecnologias. O carro de combate, de tração 6×6, capaz de transportar até 11 soldados, deverá substituir as antiquadas viaturas blindadas Engesa Urutu e Cascavel. A expectativa do Exército é de encomendar da fábrica da Iveco situado em Sete Lagoas (MG), cerca de 2.200 blindados. Mas, até o momento, a Força comprou apenas 100 forçando a planta industrial dos veículos a fechar suas portas em caráter temporário.
Já o Sisfron, tem como objetivo conter ações criminosas ao longo dos 18 mil quilômetros de faixa de fronteira do País. O projeto prevê no prazo de 10 anos monitorar toda a fronteira, por meio de radares, veículos blindados, barcos, helicópteros, sistemas de comunicação e veículos aéreos não tripulados, contra o tráfico de drogas e de armas que alimenta a violência e o crime organizado nos grandes centros brasileiros. Mas, até o momento, apenas 7% dos investimentos prometidos foram feitos.

JORNAL OPÇÃO/

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Porto Mariel, o Foro de São Paulo e a ameaça bélica

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Coisas que poucos sabem>>>
***Algo que poucos sabem é que o Porto de Mariel foi fundamental para a instalação dos mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, no que ficou conhecido como ‘A Crise dos Mísseis’. O abastecimento soviético da ilha comunista – equipamentos e matéria-prima – chegava através do Porto de Mariel, que ainda hoje serve de quartel general e base naval em Cuba.
Sim, estamos financiando a construção de uma base naval bélica em Cuba, no Porto de Mariel, e uma logística segura para a rota do narcotráfico latino-americano, principalmente patrocinado pelas Farc, como já afirmei no artigo anterior.
A ameaça bélica não consiste apenas na instalação da base naval, mas no fornecimento de logística e rota seguras também para o transporte e comércio ilegal de armamento, principalmente os destinados a ditaduras comunistas sangrentas (com o perdão do pleonasmo) como a Coreia do Norte.
Acha conspiracionismo da minha parte? Que tal, então, ler a seguinte notícia:Panamá intercepta navio norte-coreano com armamento em meio a carga de açúcar (julho de 2013). Leu? Então, ainda acha conspiracionismo? Se o Porto e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Mariel estivessem funcionando, essa carga seria descoberta? Claro que não.
E digo mais, se essas armas teriam vindo da Venezuela e atravessado quase toda a América Latina mesmo havendo alto risco de ser descoberta no Canal do Panamá, o que impedirá que empresas bélicas patrocinadas pelo narcotráfico, o terrorismo e governos socialistas/comunistas ditatoriais se instalem na ZPE de Mariel e despachem esse tipo de carga já do Porto de Mariel, com destino à Coreia do Norte, Laos e inclusive a Rússia?
Sim, a Rússia também. Tanto é que o país quer instalar bases militares sabe onde? Em Cuba e na Venezuela. Com qual propósito a Rússia quer instalar tais bases na América Latina senão para fazer frente aos Estados Unidos da América e fornecer proteção a essas ditaduras, e possivelmente fomentando novas através do Foro de São Paulo? Lembra da ‘Crise dos Mísseis’ de que falei no começo? Então, qualquer semelhança não é mera coincidência.
E se empresas bélicas russas se instalarem na ZPE de Mariel? Veja que logística! As fábricas de armas e as bases militares lado a lado e em ‘países irmãos’ com recente histórico de comércio de armas. E tudo isso sem ter que gastar praticamente um dólar sequer em estrutura naval, logística e portuária, pois o Brasil já está garantindo isso com o nosso dinheiro, em Cuba.
Toda essa estrutura na cara dos Estados Unidos e com grupos guerrilheiros, terroristas e narcotraficantes que consomem armamentos como água. Até os clientes já estão prontos, como as Farc e o ELN, na Colômbia, Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), no Chile, Frente Patriótica Moranzanista (FPM), em Honduras, e tantos outros operantes na América Latina. Nessa lista, ainda podemos acrescentar o Movimento Sem Terra (MST), no Brasil, que pretende implantar a “reforma agrária” à força (roubar terras alegando que são roubadas, como se uma acusação de crime justificasse o cometimento de um crime).
Será à toa que membros do MST são treinados em métodos de guerrilha na ilha dos Castro? E que membros do alto escalão das Farc vivem tranquilamente e no luxo por lá? (Sim, no luxo, este reservado só aos amigos de Fidel e Raul.)

Bem, temos então um império como a Rússia prestes a instalar bases militares na Venezuela e em Cuba; o Brasil financiando o Porto e a ZPE de Mariel com estrutura e logística adequadas para escoamento e transporte de grandes cargas e uma base naval na cara dos Estados Unidos; grupos guerrilheiros, narcotraficantes e terroristas – integrantes do Foro de São Paulo e aliados de Cuba – como consumidores vorazes de armamento; uma rota segura para o narcotráfico e o contrabando de armamento; e histórico recente deste contrabando partindo provavelmente da Venezuela até Coreia do Norte com proteção e logística cubanas.
Acha pouco? Ora, mas tem mais. Cuba está há anos na lista de países que fomentam o terrorismo. E tem aqueles que dirão que o MST enviou seus membros para estudar em Cuba. Cursar medicina, principalmente. Ah é? Então me explique por que esses “alunos” são escolhidos a dedo pelo MST e pelo PT e não são avaliados nem antes nem depois? Por que recebem curso de “agitação social” em Cuba?
Quer mais? Ok. No Mato Grosso, em 2013, grupos brasileiros e membros do MST receberam treinamento de guerrilha e agitação social de membros das Farc e remanescentes da facção uruguaia Tupamaros e da Central Operária Boliviana. O plano era utilizar coquetéis molotov no desfile de 7 de setembro e no Rock in Rio ano passado. Será também mera coincidência que o modus operandi do MST seja o mesmo das Ligas Camponesas iniciadas no Brasil na década de 40 pelo advogado Francisco Julião (com o qual o atual líder do MST, João Pedro Stédile, teve contato e “trocou experiências”)?
Todas essas organizações precisam de armas e agora terão como consegui-las de maneira rápida e segura. A Coreia do Norte precisa de armas e agora poderá recebê-las por uma rota segura, sem que haja risco de interceptação como ocorrido no Canal do Panamá ano passado.
O Porto e a ZPE de Mariel não possuem qualquer segurança jurídica nem vantagens econômicas e competitivas para investidores sérios, mas são perfeitos para os fins aqui explanados e estão localizados no país fomentador do terrorismo e mais influente no Foro de São Paulo, com apoio da Rússia, Venezuela, Bolívia, Equador e financiamento do Brasil. Quem ainda acredita em conspiracionismo agora?
***(Texto de Roberto Barricelli, jornalista e assessor de imprensa do Instituto Liberal via Epoch Times)

domingo, 30 de agosto de 2015

Gilmar Mendes: o ministro que tira o sono de Dilma

Vice-presidente do TSE encontra indícios de fraude eleitoral na campanha petista à reeleição e se torna peça-chave para a reabertura do processo no tribunal que pode levar à cassação do mandato da presidente


Desde o ano passado, são fartas as denúncias sobre o abuso de poder econômico e político na campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Adversários da então candidata apresentaram dezenas de representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando a utilização da máquina pública e a origem da dinheirama que irrigou a campanha oficial. Em vão. Num primeiro momento, os documentos foram tratados com a frieza das letras jurídicas e as apurações pouco avançaram. Ao longo deste ano, depoimentos de delatores da Operação Lava Jato levaram à Justiça Comum detalhes das fraudes nas doações à campanha de Dilma. Desde o pagamento de propina em forma de contribuição eleitoral via caixa 1, em troca de vultosos contratos na Petrobras, até o uso de empresas fantasmas para lavagem de dinheiro sujo. Estas informações se enquadrariam perfeitamente nos processos em curso no foro eleitoral. A correlação das investigações da área criminal com a eleitoral até foi detectada pelo TSE. Mas para reativar as representações que lançavam dúvida sobre a origem dos recursos que financiaram a campanha de Dilma seria preciso que um magistrado tivesse a disposição e o desassombro para encampar a cruzada da investigação. Nos últimos dias, o vice-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, se apresentou para a missão.
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Em sua primeira intervenção, Mendes entoou um voto contundente dizendo que “ladrões de sindicato transformaram o País em um sindicato de ladrões”. Impulsionada por essa manifestação, a maioria dos ministros do TSE votou na terça-feira 25 pela reabertura de uma das quatro ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer. A ação havia sido arquivada em março por decisão da relatora, Maria Thereza de Assis Moura. Diante da análise de um recurso do PSDB, o processo será desarquivado, se os ministros mantiverem seus pareceres.
O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista da ministra Luciana Lóssio, ex-advogada do PT e de Lula, mas, no que depender de Gilmar Mendes, será retomado em breve. O PSDB, autor da ação, argumentou que houve abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014, devido ao uso indevido da cadeia nacional de rádio e televisão, manipulação de pesquisas e uso de dinheiro desviado da Petrobras para abastecer o caixa da campanha. Se a ação for reaberta, Dilma e o vice Michel Temer serão intimados a apresentar defesa e haverá a fase de produção de provas. Tomadas essas providências, o TSE julgará se houve ou não fraude na campanha petista à reeleição. Para ministros do STF, a fragilidade política de Dilma nos tribunais não encontra paralelo na história recente do País. “É algo sem precedentes”, dizem. Integrantes do governo reconheceram terem sido pegos de surpresa com a formação da maioria pela investigação. Na madrugada de terça-feira 25 para quarta-feira 26, o clima ficou tenso no Palácio do Planalto. Relatos de auxiliares da presidente dão conta que xingamentos impublicáveis foram ouvidos do gabinete presidencial.
Na sexta-feira 21, Mendes já havia tirado o sono do Palácio do Planalto ao pedir que a Procuradoria-Geral da República apurasse crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica nas movimentações de entrada e saída de recursos das contas que o PT e o comitê de Dilma movimentaram nas eleições de 2014. No pedido de investigação, o ministro afirma com todas as letras que há indícios fortíssimos de que campanha à reeleição foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. O ministro está bem apoiado em dados para elevar o tom. De acordo com relatório técnico do TSE, o PT recebeu de 2010 a 2014 R$ 172 milhões de empresas envolvidas no esquema do Petrolão. Além dos repasses do partido, a campanha de Dilma conseguiu R$ 47,5 milhões das empreiteiras investigadas.
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Graças a Gilmar Mendes, o governo – que até então só se preocupava com o desenlace do processo das pedaladas fiscais no TCU – passou a temer o julgamento de ações no TSE. Para os próprios governistas, os delitos eleitorais têm definição legal mais palpável do que os crimes comuns e infrações administrativas. A Lava Jato é um bom exemplo disso. A força tarefa pode até não ter provas, até agora, de que o dinheiro do esquema de corrupção favoreceu diretamente a presidente Dilma Rousseff, do ponto de vista pessoal. Mas o benefício eleitoral por abuso de poder econômico está caracterizado nos relatórios de contabilidade e nas declarações de empreiteiros delatores.
As fraudes nas contas eleitorais da presidente não se encerram nas ligações com o Petrolão. A frente de investigação aberta por Gilmar Mendes inclui, ainda, a apuração de um “laranjal” de empresas de fachada abertas para, ao que tudo leva a crer, lavar dinheiro de campanha. Na terça-feira 25, o ministro pediu que o Ministério Público de São Paulo investigasse a empresa inscrita na Junta Comercial de São Paulo como “Ângela Maria do Nascimento Sorocaba – ME”. O CNPJ foi criado dois meses antes da eleição, com a única finalidade de atender a campanha do PT e emitiu R$ 1,6 milhão em notas para o comitê de Dilma. A empresa nunca prestou serviço, não tem sede e a suposta proprietária é uma empregada doméstica que trabalhou como cabo eleitoral na campanha grampeando cartazes em cavalete.
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A Focal Confecção e Comunicação Visual é outra que se encontra na alça de mira de Gilmar Mendes. A empresa foi apontada como a segunda maior fonte de despesas ao receber R$ 24 milhões da campanha de Dilma. Ainda em 2014, a análise preliminar das contas feita pelo TSE indicou que a Focal tinha como sócio um motorista com renda mensal de apenas R$ 2 mil. As diligências que Gilmar Mendes solicitou envolvendo a Focal só não foram totalmente concluídas ainda “devido ao grande volume de documentos”, segundo o ministro, mas a expectativa é de que elas tragam novidades capazes de complicar ainda mais situação de Dilma no tribunal.
Numa outra ação contra a campanha da petista, levada a frente na quinta-feira 26, Mendes votou pela aplicação de multa à presidente por propaganda eleitoral antecipada durante um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão em junho de 2014. À época, o PSB denunciou a irregularidade ao TSE e pediu multa de R$ 25 mil, mas a representação ficou esquecida nas gavetas do tribunal.
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DEFESA
O advogado da União, Luís Adams, argumenta no TCU que as
pedaladas de Dilma foram corriqueiras em outros governos
O PT tenta reagir à sanha investigatória de Gilmar Mendes tentando imprimir cores ideológicas às suas iniciativas. “O Brasil inteiro sabe do ódio nutrido pelo ministro Gilmar Mendes ao PT. Ele não pode extrapolar sua função”, atacou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). O ministro foi Advogado-Geral da União do governo FHC entre 2000 a 2002 e deixou o cargo para assumir uma cadeira no Supremo por indicação do então presidente tucano. Porém, se este currículo fosse impeditivo ou até mesmo questionável, o TSE não poderia ter como presidente, por exemplo, o ministro Dias Toffoli, devido à sua reconhecida ligação com o petismo, nem como integrante a ministra Luciana Lóssio, ex-advogada do partido. A resposta do plenário do tribunal, que por maioria apoiou a reabertura da investigação das contas da campanha de Dilma, na terça-feira 25, derruba o argumento de retaliação política que o governo pretende alardear. Além de Gilmar Mendes, os ministros Luiz Fux, Henrique Neves e João Otávio de Noronha apoiaram a continuidade das apurações contra Dilma no tribunal eleitoral. Neves, inclusive, sempre foi considerado pelo próprio Palácio do Planalto como um aliado de Dilma no TSE. E votou contra o interesse petista.
O governo que hoje desconfia do vice-presidente do TSE também considerava que o tema examinado pelo tribunal fosse um fato superado até mesmo para Gilmar Mendes, uma vez que na noite do dia 10 de dezembro de 2014 ele se manifestou pela aprovação com ressalvas da prestação de contas da campanha. Servidores que atuaram na análise das contas garantem, no entanto, que a aprovação parcial no apagar das luzes de 2014 se deu porque a data da diplomação de Dilma ocorreria na semana seguinte e o TSE não quis assumir o ônus de impedir a posse presidencial embasado apenas em relatórios contábeis.
O que o Planalto não imaginava, na ocasião, é que Gilmar Mendes retomaria a apuração do caso. De acordo com assessores do ministro, muitos dos indícios encontrados pela Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) em apenas 10 dias de trabalho exigiam novas diligências para comprovar a existência ou não de irregularidades.
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Mendes foi ajudado pelo trabalho do corregedor do TSE, ministro João Otávio de Noronha, em uma das quatro ações propostas pelo PSDB contra a chapa de Dilma. Noronha foi o primeiro a relacionar diretamente os depoimentos prestados à força tarefa da Operação Lava Jato aos questionamentos de crime eleitoral. O corregedor convocou o ex-diretor Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o empreiteiro da UTC Ricardo Pessoa para prestar esclarecimentos à Justiça Eleitoral sobre a ligação do esquema de corrupção na Petrobras com o financiamento de campanha do PT. Pessoa é o autor do depoimento mais explosivo, do ponto de vista da produção de provas de crime eleitoral. Ele afirmou que foi coagido a doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma para que sua empresa não sofresse represália em contratos com a Petrobras. Para Gilmar Mendes, revelações tão graves como a do empreiteiro não podem passar incólumes pela corte que zela pela lisura dos processos eleitorais.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO   nº 224 
 
  Assuntos : Lava-Jato, a Espionagem Atômica e o Momento Político
 
 
Não adianta pensar que nos desarmando promoveremos a paz. Ao contrario, os desarmados atraem todas as desgraças inclusive a guerra. Paz só é garantida por quem tem força para a assegurar e ela, na atualidade, só pode ser garantida por que dispõe de um arsenal atômico incluindo os meios de lançamento.
 
         O nosso País dominou a tecnologia do enriquecimento do urânio no início dos anos 80 à custa de uma bem montada operação de espionagem. Especialistas visitaram instituições científicas e aproveitavam para garimpar informações estratégicas. Conseguiram acesso a informações que foram fundamentais para o projeto nuclear brasileiro. Assim, pudemos concluir, em poucos anos, o processo de transformação do urânio em combustível nuclear. Alguns dos cientistas pagaram com a vida com a  explosão do foguete ainda na plataforma em 2003.

O recurso à espionagem não foi uma opção usada apenas por nós, pois outros países fizeram o mesmo para furar o bloqueio e o método foi fundamental para adquirirmos o domínio da tecnologia do enriquecimento do urânio, sempre obstados pelos Estados Unidos e por outras nações".

         Por ser o cérebro do nosso desenvolvimento nuclear não é de hoje que o vice- almirante Othon Pinheiro da Silva é um incômodo aos EUA, pois ele conseguira criar uma produção mais barata de urânio enriquecido, a tecnologia das centrífugas, muito cobiçada por todas potências e que, por nossa vez, procuramos guardar o segredo. Projetara ainda um submarino nuclear, algo que as grandes potências pressionam para evitar que outras nações obtenham.   Muitas vezes Othon alertou que o Brasil precisa tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos para evitar o nosso desenvolvimento nuclear. Alertava que o Brasil estaria infestado de espiões americanos, atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais independente, pelo interesse norte-americano em evitar que o nosso País seja autônomo em termos de defesa.

         Agora vimos o herói ser preso, acusado de receber propinas no projeto de Angra III, com base em mais uma delação vaga feita por um corrupto. Acusação ridícula, pois se o almirante quisesse, ganharia fortunas só com seu conhecimento impar de assuntos nucleares.    A implantação de um programa nuclear independente, do qual ele foi o autor principal foi um feito técnico-científico heróico que encerra riscos pessoais consideráveis. Responsável que foi pelas maiores conquistas históricas na área da tecnológica nuclear no Brasil. Deve-se a ele também a concepção do programa do submarino nuclear brasileiro e a conquista da independência na tecnologia do ciclo de combustível que conseguiu, reunindo o que melhor havia da inteligência, capacidade laboratorial e industrial no País. É justa a preocupação de que ele possa estar sendo vítima de uma manobra cujo alvo principal não seja ele nem a luta partidária e muito menos a desejo de acabar com a corrupção, mas seja o programa nuclear brasileiro.

         Recoremos outros dados conhecidos: Após duas tentativas de lançamento , cujo fracasso deixou antever sabotagem estrangeira, o esforço de mais de 30 anos, voltado à construção do “ Veículo Lançador de Satélites” chegaria ao fim em 2003, com a terceira e trágica tentativa de lançamento, ceifando, naquele evento, a vida de 21 cientistas brasileiros. Todos sentem que a explosão foi provocada, o difícil é provar. Aos que acompanham os acontecimentos com olhar crítico também resta a suspeita de que o “Legacy” pilotado por dois agentes estrangeiros, estando fora da rota e com o transponder desligado, ao chocar-se com um boeing comercial, estava realmente inspecionando o “poço do Cachimbo”, para os EUA. Finalmente, na tentativa de associação com a Ucrânia, o projeto Cyclone Space, acaba de fechar suas portas por exigência norte-americana para que não fosse passada tecnologia aeroespacial para o nosso País e que nenhum componente de tecnologia  estadunidense fosse usado no projeto.Esses fatos objetivos nos colocam poucas alternativas para ingressar no restrito grupo dos países que exploram o espaço e a energia nuclear  ou nos conformamos em ser subdesenvolvidos ou ainda tomamos o freio nos dentes.

         Não seria impossível que entre os corruptos investigados, algum deles negociasse com os EUA um alívio nas investigações sobre corrupção e seus reflexos nas Bolsas em troca de uma acusação que demolisse o nosso programa nuclear. Portanto, é importante acompanhar os desdobramentos da ação. Toda população pensava que o nosso País sairia depurado com as ações do juiz Moro, mas quem olhar além do horizonte suspeitará que não seja bem assim. Os antecedentes das ações dos Serviços Secretos anglo-americanos só reforçam essa suspeita.
         Naturalmente o Almirante Óthon sairá bem dessas investigações mesmo que sejam usados falsos testemunhos. Sua história de vida por si é uma garantia.
Está claro que a delação e as “evidências” são produto de uma  bem urdida trama. É forte a nossa convicção que se trata de uma manobra norte-americana para prejudicar o nosso desenvolvimento nuclear. Entretanto, não está afastada a hipótese de que a manobra seja um expediente do grupo investigado para destruir a credibilidade do Juiz Sergio Moro, induzindo-o a esmiuçar verbas secretas que não podem ser abertas até para a segurança dos que se arriscaram para conseguir o conhecimento negado. Não há dúvida de que isto seria do interesse da organização criminosa que dominou o País, pois destruída a credibilidade da Lava-Jato os facínoras estariam impunes. Talvez seja uma combinação de ambas as hipóteses, ou ao menos um aproveitamento.

         Prestemos atenção sobre a possibilidade de a Operação Lava-Jato ter acesso a segredos do programa nuclear brasileiro até agora preservados. E se isso acontecer, confirmará  as piores suspeitas que já pairam sobre a Lava-Jato, que na digna faina de punir corruptos (menos os políticos), parece feliz em quebrar todas as empresas nacionais e abrir campo para as “multi”. Primeiro, foi a Petrobras e as grandes empreiteiras.  Agora o programa de geração nuclear e a usina hidrelétrica de Belo Monte já anunciada como o próximo alvo.. Em paralelo, a participação da Odebrecht no programa de construção de submarinos nucleares e convencionais da Marinha é colocada na alça de mira. Tudo em meio à paralisia política que tomou conta do governo Dilma, intimidada pelas repercussões das investigações e enquadrada pela ameaça de impeachment.

         Gostaríamos de acreditar que os atores envolvidos – Polícia Federal, Ministério Público, STF – estejam imbuídos das melhores intenções e refletindo o sentimento generalizado de indignação da sociedade com corrupção, mas desconfiamos que, em vez de depurado, o nosso País possa se transformar em apenas uma expressão geográfica, sem empresas nem política própria.

         Mesmo o necessário  zelo pela moralização da coisa pública e o cuidado com as contas do governo, sem a devida cautela quanto às repercussões sobre a continuidade de empresas e projetos, pode redundar em dois efeitos potencialmente devastadores: a inviabilização dos mesmos e o eterno subdesenvolvimento.
 
O Momento político
Dilma cairá ou não cairá? – Certamente cairá, pois nenhum governo, nem um ditatorial baseado na força consegue se manter com mais de 90% de reprovação, e motivo ela deu. Dentro desta perspectiva já teria caído. Por que não caiu ainda?

A resposta é um tanto complexa: Em primeiro lugar pela briga entre os candidatos a sucedê-la e pela fragilidade moral da imagem dos mesmos. Em segundo porque o alvo real não é a disputa política mas o pré-sal e outros recursos naturais. Por último, a fragilização do Governo, se não o fez ceder tudo na visita a Washinton o deixou pronto para ceder o que for exigido na tentativa de se manter mais um pouco, fazendo diminuir a gasolina que alimentava a fogueira. Entretanto, o fogo adquiriu vida propria e combustível não falta. A fogueira ainda se alastrará.

Quando Dilma cair – seja por impeachment, seja por renûncia, haverá nova briga de quadrilhas e a insatisfação popular contiuará. No final, se o País ainda se mantiver  inteiro, conflitos armados obrigarão a intervenção militar, mesmo que eles proprios não o queiram.
E  daí?   - Daí a história continuará
 
 
Que o BOM DEUS nos dê sabedoria para que percebamos o que é mais importante!
 
                                                                                      Gelio Fregapani

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cresce no Brasil o número de escolas básicas públicas geridas pela PM
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
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Mascar chiclete é transgressão leve. Usar óculos com lentes ou armações de "cores esdrúxulas" também, segundo o regulamento disciplinar dos colégios da Polícia Militar de Goiás.


São transgressões médias: sentar-se no chão fardado, espalhar boatos, deixar de prestar continência ou de cortar o cabelo no estilo escovinha.

Já "manter contato físico que denote envolvimento amoroso" (beijar) ou se meter em rixa são faltas graves. O aluno perde pontos a cada quebra de regra. Quem não se adéqua é transferido.
Na última semana, oito colégios goianos voltaram das férias nesse molde, o que fez com o que Estado pulasse de 18 para 26 colégios militares. Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das escolas está em expansão em Goiás. O governador Marconi Perillo (PSDB) pretende acabar o ano com 24 novas instituições.
 Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1º entre as estaduais no Enem ).
O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 –elas atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro.
Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor."
Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta." Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo."

ESCOLAS DA PM
Modelo de colégios dirigidos por policiais está em expansão no país
QUANTIDADE


ESTADO
26


GO
22


MG
13


BA
07


RS
04


AM
03


MA
02


TO
02


RO
02


SC
02


CE
02


PI
02


PE
01


PR
01


PB
01


MT
01


DF
01


RR
01


RJ
00


RN
00


MS
00


ES
00


AP
00


AC
00


SP
00


SE
00


PA

Fonte: secretarias Estaduais de Educação
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